Pulseiras do Sexo, Proibir ou não proibir e educar?
Elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito. As pulseirinhas de silicone que tanto fizeram sucesso há alguns anos atrás como simples acessório de moda e beleza, estão de volta na moda juvenil em 2010. Como já foi dito, há alguns anos essas pulseirinhas foram uma febre em todo o Brasil e de repente voltaram com tudo. Quem mais usa esse tipo de pulseira são as meninas.Mas mesmo assim o público masculino também vem aderindo a moda. Entretanto hoje alguns grupos de jovens criaram um significados subjetivo a elas, Pulseiras do Sexo.Talvez os personagens da novelinha Malhação tenham influenciado um pouco na volta das pulseirinhas de silicone. Essas pulseiras que foram muito usadas nos anos 80, feitas à base de silicone, existem em variadas cores.Segundo um jornal inglês, os adolescentes teriam então inventado vários jogos com as respectivas pulseiras
As pessoas tem a mania de procurar entender o problema apenas superficialmente e criar regras, proibir e criticar e não estruturar a sociedade, pois, o problema está nas pessoas e não nos objetos. Se proibirem o uso e não educar as crianças e os jovens surgirão novas tendências para atingir os mesmos objetivos.
Está havendo uma grande polêmica sobre essas pulseiras coloridas ou "pulseiras do sexo". Houve até um caso de estupro devido ao uso da pulseira. Entretanto o crime acontece e aconteceria por outros motivos. O Crime está na pessoa e não no objeto que teve um valor agregado por alguns indivíduos que lançaram a moda.A primeiro momento pensamos que a solução seria proibir o uso e não tratar o real problema. Pulseira é somente um acessório e quem denota significados a elas somos nós. Esses significados são apenas conotações subjetivas que não caracteriza o real significado do acessório. Entretanto, como o significado já se tornou de fato o REAL significado do acessório a situação se complica mais. Porém, essas 'modas' não passam de tendências superficiais.É a mesma coisa de dizer que que usa tatuagem é malandro ou homem que usa brinco é homossexual, são denotações grotescas e que não conotam o verdadeiro significado mesmo que seja subjetivo.
Não estamos falando de um problema relacionado apenas ao uso de uma pulseira, mas sobre aquilo que está por detrás do uso, que é a questão da sexualidade indiscriminada, que é a falta de respeito pelo direito que o outro tem sobre sua própria sexualidade. E isso, na verdade, é desenvolvido na medida em que os pais conversem abertamente sobre a questão da sexualidade, e falem sobre isso de forma positiva.É bem provável que tenha sido criação de meninos e meninas adolescentes, no auge de sua sexualidade. Criar códigos para expressar desejos é uma forma de estabelecer um mundo com regras próprias, que escapam à autoridade dos pais. “As pulseiras são símbolos efêmeros, mas que dizem muito sobre a atual geração”, diz a psiquiatra Carmita Abdo. “Ela busca atender de imediato aos seus desejos, de forma direta, sem rodeios.” Exceto por constituírem outro fator de exposição precoce dos pequenos ao sexo, as pulseirinhas coloridas tendem a ser mais um modismo sem grandes consequências, como tantos outros.
O engraçado é que anos atrás já existiam esse modelo de pulseirinhas, mas sem o significado que tem hoje. Era só curtição colocar pulseiras coloridas no braço. Eu acho que há uma erotização geral na sociedade. E uma supervalorização do sexo, seja na música, seja na TV, que são os dois maiores vetores de (des)informações que temos. Seja como for, também acho que proibir não resolve o problema de uma maneira geral. As pulseiras eram utilizadas antes mesmo desses significados impostos como simples acessório. Se proibir o uso, mentes criativas irão agregar valores em outras coisas para atingir o mesmo objetivo. Cabe educar e mostrar a forma correta e não simplesmente proibir o uso de tal acessório. Como as pulseiras eram usadas como acessórios e o significado veio depois, se caso as pulseiras forem proibidas e surgir uma nova 'moda' por exemplo de esmalte para as mulheres. Onde cada esmalte representasse um ato. iriam proibir o esmalte também? A pulseira não é do sexo, ela não aguça a sexualidade de ninguém, quem são do sexo são as pessoas. As pulseiras desde a idade média eram usadas como acessório. Se proibirem, irá surgir outra forma para atingir o mesmo objetivo.
1º As pessoas que usam com o intuito de praticarem estes atos, caso aconteça a proibição irão encontrar outra forma para alcançar o mesmo objetivo que são os atos.Ou seja, as pessoas que usam com este intuito irão praticar o ato de qualquer forma proibindo ou não.
2º As pessoas que usam por usar, não podem ser prejudicadas ou impedidas de praticarem um ato de liberdade, um ato tão singular que agrega valores simbólicos tais como, a beleza, status e etc..
3º Proibir sem medidas socioeducativas é burrice. O que de fato deve acontecer é retirar este rótulo de pulseira do sexo. A pulseira não é do Sexo, pois, ela não aflora a sexualidade de ninguém. É um simples acessório. Deveria acontecer é o dialogo entre pais e filhos, alunos e escola mostrando como devemos nos proceder perante a maturidade tanto do corpo quanto da mente.
Acredito eu que a proibição não é a solução neste caso, mas a educação.O significado quem impõe somos nós. Antes é preciso educar para tratar o problema e não sair proibindo acessórios, pois, se proibir o acessório e não educar irá certamente aparecer nova moda que tenha o mesmo objetivo. A internet muitas vezes é apontada como culpada ou veiculo de propagação da pedofilia, violência contra crianças e etc. O Correto seria proibir o uso da internet também ou educar as pessoas a usa-la corretamente?
" Rander Ariel"
|